Estamos participando no projeto "Conectividade em Movimento" com o Thiago Chagastelles, do Guia das Cidades Digitais, cujo objetivo é disponibilizar acesso a internet para passageiros a bordo de transporte público ou privado, seja onibus, taxi, metro, trem, barco e agora em avião.
Bem , isso ainda não chegou no Brasil, mas precisamos estar preparados para essa nova tendência: utilização de internet em vôos regulares. Por exemplo, viagem a trabalho utilizando a Ponte Aérea - Rio - São Paulo, o tempo da viagem é em torno de 60 minutos, sendo 25 minutos para subir, 25 minutos para descer e 10 minutos de vôo estabilizado. Apesar de que em dias de tráfego intenso na rota, a viagem poderá durar até 2 horas.
Mas como saber se seu vôo tem este tipo de serviço a bordo? Basta localizar o logo que estará perto da porta de embarque ao lado da aeronave ou aguardar, após alguns minutos da decolagem, o comandante das as boas vindas aos passageiros, informação das condiçoes do tempo na rota, duração da viagem e se, será permitido utilizar internet a bordo. Certamente após a estas informações, a aeronave já estará na altitude de 35.000 pés (o acesso permitido para utilização deste tipo de serviço é acima de 10.000).
Outra questão seria: quanto custará esse serviço? Atualmente, os preços variam de $4.95 a $12.95, dependendo da duração do vôo e do tipo de equipamento que fará o acesso. O mais interesssante é que o passageiro poderá requerer esse serviço antes do embarque, criando uma conta especial para aquele trecho da viagem. A questão seguinte é saber qual o tipo de equipamento que poderá acessar a internet a bordo. Necessariamente, deverá ser um equipamento que utilize protocolo 802.11b/g, conhecido geralmente como Wi-Fi. E já existem no mercado diversos equipamentos que atendem a esse requisito técnico, tais como, computadores portáteis, dispositivos tipo Blackberry, Palm, IPhone, etc. Evidentemente os passageiros deverão utilizar as suas próprias baterias para suprimento de energia, em razão destas aeronaves não possuirem compartimento para recarga de bateria.
Agora vamos abordar os fatores mais importantes na prestação desse tipo de serviço (provedor): a velocidade de transmissão e a segurança da conexão.
- A velocidade de transmissão é similar a dos serviços de banda larga móvel.
- A segurança da conexão é baseada nos provedores que deverão ser acessados. Ou, seja a sua conexão não necessitará de uma chave de criptografia para uso a bordo.
No aspecto de entretenimento do passageiro o importante é a possibilidade de baixar "stream" de vídeo ou áudio sobre esta conexão, consequentemente teremos limitação na duração e na largura da banda. A limitação da largura da banda dependerá do número de usuários conectados simultaneamente, e ainda, da largura da banda utilizada. Em linhas gerais, os passageiros poderão baixar vídeo, áudio ou transferir grandes arquivos.
A única limitação imposta pelo fato do passageiro estar utilizando a internet em pleno vôo, é que o passageiro só podera fazê-lo, após a aeronave superar a altitude de 10.000 pés, conforme recomendação da ANAC, para uso de dispositivos eletrônicos, nos dias de hoje.
E se os passageiros necessitarem de utilizar uma conexão mais segura para transmissão de dados confidenciais ou sigilosos, como a VPN, ou outras portas (SMTP, telnet, RDP, Peer-to-Peer)? O único bloqueio refere-se à VoIP (comunicação de voz) o restante está desbloqueado.
Então não seria possível utilizar o Skype para comunicação de voz? Embora a maioria dos passageiros atualmente utilizam os seus "smartphones" para ler emails, etc. não será permitido o uso do sistema de comunicação de voz através de um telefone Wi-Fi ou Skype como serviço.
No transporte aéreo também existe a possibilidade do passageiro requerer o serviço de videoconferência, neste caso especifico a imagem é permitida, mas não a comunicação de voz.
E finalmente, o conteúdo. O conteúdo não poderá ser bloqueado: pressupõe-se que cada passageiro é responsável pelo seu comportamento e pelo filmes e outros materiais que traga a bordo.
Ou seja, estejamos preparados para este novo desafio da tecnologia da comunicação. Aguardamos com grande ansiedade nós passageiros comuns e as empresas de aviação brasileira.
- Colaborou neste artigo o Cmte.Sergio Guidugli (Gol) e Maria Alice Alencar.